A Canção da Espada

Era noite quando a decima segunda caneca de cerveja chegou a mim, já estava entorpecido pelo álcool da bebida, pronto para separar algumas moedas e pegar o dono do local, um homem alto, franzino e com um grande bigode. No canto da taberna, um bardo melancólico entoava canções igualmente tristes, dono de uma voz muito bonita, um jovem de cabelos dourados, sua canção era ritmada ao som de um alaúde, tocado por um homem de feições duras e mãos surradas pelo trabalho na terra, provavelmente pai do jovem artista e completando com a percussão, seu irmão mais novo, também de cabelos dourados, amarrados com uma tira de couro, tocava um tambor enquanto um tamborete esperava a sua vez. Eu já estava para me levantar e subir as escadas, pois alem de servir bebidas, podia se alugar um lugar para dormir, quando o tom da musica mudou e o jovem cantor começou uma nova musica.


A Canção da Espada


Sublimes são os sons de uma guerra,
que marcam na carne como o corte da navalha.
Tão sólido quanto a pancada num escudo,
e fluido como o sangue que se espalha.

Hordas em fúria gritam xingamentos,
Comandantes apontam a direção,
Os generais inflamam os guerreiros.
Escudos à frente, espadas na mão

Nessa terra sem lei, exércitos se organizam
E nos campos ardentes, a morte se aproxima.
Bravos guerreiros e centenas de viúvas
Só podem entoar A canção da espada.

Peçam proteção, aos deuses em que acreditam,
Coloquem no corpo sua cota de malha
Peçam por coragem, força e confiança,
E afiem o aço de sua arma.

Nos marchamos, somos a tempestade,
Gritos de guerra iguais aos trovões,
Nossas espadas brilham como raios,
E os escudos fortes como a chuva.

Nessa terra sem lei, exércitos se organizam
E nos campos ardentes, a morte se aproxima.
Bravos guerreiros e centenas de viúvas
Só podem entoar A canção da espada.

Inimigos investiram com desespero,
Foi um ataque completamente rechaçado
Bateram forte contra a parede escudos
Sentiram o choque e foram subjulgados.

Nossos guerreiros atacaram rapidamente,
A cada golpe o sangue espirrava.
Sem piedade, mataram e foram mortos,
Recompensados pelo júbilo da batalha.

Nessa terra sem lei, exércitos se organizam
E nos campos ardentes, a morte se aproxima.
Bravos guerreiros e centenas de viúvas
Só podem entoar A canção da espada.


Outcome

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